Para a preparação das peças, utilizou-se um cadáver da espécie desejada,
os mesmos vieram a óbito de causas naturais e foram doados ao Museu de Anatomia
do IFSULDEMINAS – Campus Muzambinho. É importante ressaltar que NENHUM animal
foi morto ou eutanasiado para a confecção das peças anatômicas, todos as peças
apresentadas aqui são provenientes de animais que morreram de causas naturais e
posteriormente foram doados ao museu.
MACERAÇÃO
A Técnica Maceração é aplicada na preparação de ossos para fins didáticos
ou de investigação. A técnica de maceração tradicional consiste na remoção
mecânica de todos os tecidos que circundam os ossos do cadáver, e imersão dos
ossos e debris teciduais em recipiente com água para ser decomposto por
bactérias. O tempo de maceração depende do tamanho do animal, podendo durar
meses. Ao término da maceração, os ossos são colocados para secar. A maceração
pode ser acelerada realizando a perfuração dos ossos para extração da medula
óssea, fervura com água e produtos químicos, clareamento com peróxido de
hidrogênio e secagem ao sol.
MONTAGEM DOS ESQUELETOS
TAXIDERMIA
Coelho taxidermizado |
A Técnica de Taxidermia é aplicada à preservação da
forma da pele, planos e tamanho dos animais. A técnica consiste na remoção da
pele do cadáver animal e tratamento com produtos químicos para manter a sua
maleabilidade. Para criar a forma, posição e tamanho original do animal é
utilizado manequim composto por diferentes materiais.
FORMOLIZAÇÃO
Encéfalo formolizado |
A Técnica de Formolização é aplicada à conservação de parte ou de todo o
corpo do animal após o óbito. A técnica consiste na aplicação de formaldeído
por infusão em grandes vasos sanguíneos para que ocorra a difusão por todo
corpo do cadáver. Logo após, parte do animal ou o corpo inteiro é imerso em um
recipiente com formaldeído, onde permanecerá até a sua utilização.
GLICERINAÇÃO
Coração bovino conservado através de glicerinação |
A Técnica de Glicerinação é aplicada à conservação de parte ou de todo o
corpo do animal após o óbito, com a vantagem de preservar a textura do tecido e
aumentar a resistência à tração sem alterar o grau de elasticidade. A técnica
consiste na aplicação de vários tipos de conservantes e em diferentes momentos
que podem chegar até três meses, tais como o formaldeído, o peróxido de
hidrogênio e o álcool absoluto. Após esse período, o animal ou parte dele é
mantido imerso durante dois meses em glicerina. Então, poderá ser retirado do
recipiente com glicerina e escoado para ser utilizado.
CRIODESIDRATAÇÃO
Estomago equino conservado através de criodesidratação |
A Técnica de Criodesidratação é aplicada à conservação de peças
anatômicas utilizando o congelamento e descongelamento repetitivo. Ao término
do processo a peça poderá ser mantida em ambiente sem necessidade de
conservantes. A técnica consiste em realizar uma dissecação fina da peça
anatômica, imersão em formaldeído por alguns dias e escoamento. Após isso, a
peça será congelada a -17ºC e descongelada em temperatura ambiente, repetindo o
processo até que perca 70% do peso original.
INJEÇÃO DE LÁTEX
Coração canino com injeção de látex azul nas veias e látex vermelho nas artérias |
A Técnica de Injeção de Látex é aplicada ao preenchimento de vasos
sanguíneos e linfáticos com látex colorido, para facilitar a identificação das
ramificações e o trajeto do sistema circulatório no corpo do animal durante o
estudo da anatomia. A técnica consiste na dissecação do tecido para identificar
os vasos calibrosos e injeção do látex com cores que identificarão as
diferentes estruturas. Para solidificação do látex aguarda-se 24 horas e após,
inicia-se a dissecação para exposição do trajeto e ramificação dos vasos
sanguíneos.
INJEÇÃO DE VINILITE SEGUIDO POR CORROSÃO
Vasos sanguíneos de um rim canino após técnica de injeção de vinilite seguida por corrosão |
A Técnica de Injeção de Vinilite seguido de Corrosão é aplicada ao
preenchimento de vasos sanguíneos para estudo das ramificações sem a presença
de tecidos ao redor. A técnica consiste em injetar com acetato de vinila os
vasos sanguíneos que serão objeto de estudos, aguardar por 24 horas a
solidificação, e após esse período o órgão será imerso em ácido clorídrico para
corrosão dos tecidos orgânicos, expondo o seu trajeto e ramificações.